17 DE JANEIRO DE 2023 | LEITURA: 8MIN
A 3GEN está completando 18 anos, se fosse uma pessoa estaria atingindo a maioridade legal. Quando olhamos para trás, para esses 18 anos de trabalho, de construção, de risadas e choros, de conquistas e transformações, vemos uma história muito legal. E, como seria no caso de uma pessoa de 18 anos, vemos um potencial gigante, uma estrada fantástica pela frente, a ser trilhada por nós e por aqueles que vierem depois de nós.
Nesse espírito, olhando para esses 18 anos de história, ficamos “empertigados” e procuramos entender o que dá essa longevidade à 3GEN (e, claro, o que vai pelo menos decuplicar essa longevidade, que é o que todos queremos).
Segue, então, uma lista, em ordem aleatória (mais ou menos), de pontos que certamente contribuirão para que sua empresa, assim como é o caso da 3GEN, seja longeva:
RUY FLÁVIO DE OLIVEIRA – SÓCIO DA 3GEN
Veja abaixo algumas dicas para a longevidade de uma empresa:
Perseverança
Também poderíamos chamar de “tenacidade”, ou simplesmente de “teimosia”. Empresa longeva é empresa em que a perseverança é componente do sangue de todos, o tempo todo.
Vocês vão trabalhar e se empenhar, e mesmo assim vai ter aquele ano em que logo antes da comemoração de fim de ano o cara do financeiro vai informar que não tem grana para o período de férias, e que o fluxo de entrada só volta depois do Carnaval. Ah: isso tende a acontecer mais de uma vez.
Da mesma forma, você vai trabalhar meses e meses para conseguir chegar a um cliente, mapear todos os stakeholders da empresa, encantar todo mundo com suas soluções, discutir escopo técnico, apresentar proposta comercial, só para ver o cliente te dizer que vai fazer internamente, ou dar o projeto para o seu concorrente por uma razão qualquer.
A perseverança, o “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima” é o que vai fazer com que você não esmoreça e siga em frente. Toda empresa longeva já passou — e continua passando — por situações como as descritas acima. Em todas elas, sem exceção, você vai respirar fundo e seguir em frente.
Portfólio coeso e abrangente
Empresa longeva tem soluções complementares, que permitem um relacionamento de longo prazo com o cliente.
Vender para um cliente que já comprou de você é muito menos complicado do que vender para um cliente novo, especialmente se a solução é boa e se o serviço foi impecável, como tenho certeza que é o que você sempre busca entregar em sua empresa.
Pois então, um portfólio amplo, coeso, em que cada solução complementa as que foram entregues, em que o cliente vê sua empresa progredir em seu nicho de atuação graças às soluções que você levou até ele: este é o segredo de um relacionamento de longo prazo com o cliente, que por sua vez é uma das chaves para a longevidade de sua empresa.
Atrair e manter talentos
Se você acha que construir uma empresa longeva é difícil, imagine tentar fazer isso sem as melhores cabeças que estejam ao seu alcance.
No âmbito mais central, mais fundamental, uma empresa é uma inteligência coletiva. Pessoas que se unem com o objetivo de definir e tentar atingir uma visão de futuro (o que se quer atingir a longo prazo) por meio de uma missão (o que fazer, que ofertas levar ao mercado para atingir a visão de futuro) e alicerçado por um conjunto de valores (o caráter coletivo daqueles que compõem a empresa). A expressão chave na sentença acima não é nem visão, nem missão, nem valores, mas sim o que possibilita tudo: a inteligência coletiva.
Quem traz essa inteligência para a empresa são os colaboradores, e quanto mais capacidade, competência, atitude, conhecimento, criatividade, curiosidade e inteligência emocional eles trouxerem, menos difícil vai ser o caminho a ser trilhado.
E não basta trazer bons quadros: é preciso mantê-los. Bons quadros requerem um ambiente em que se sintam estimulados, e isso vai muito além da compensação financeira. Bons quadros querem ser ouvidos, querem a oportunidade de por suas ideias em prática, querem responsabilidade sobre resultados (e meios para persegui-los), e por aí vai. Quer criar uma empresa longeva? Crie um ambiente que a praxe seja atrair e manter talentos.
De tempos em tempos, reinvente-se
Tudo muda. Em sintonia com essa realidade, a empresa longeva muda e se reinventa para sempre manter a relevância em seu campo de atuação.
O mercado muda, os clientes mudam, a tecnologia muda, o conhecimento muda, os consumidores mudam, a cultura muda, a economia muda. Como diz aquele velho — mas muito verdadeiro — cliché: “a única coisa constante é a mudança”. A empresa que não se reinventa, que não se adapta, que não se adequa às condições em constante mutação do mercado, não tem a menor chance de ser longeva.
Longe se vão os tempos em que empresas se gabavam de sempre fazerem as coisas tradicionalmente do seu jeito, colocando-se como monolitos imutáveis em um mundo cheio de “modismos”. “Eles que se adaptem a nós” mais parece nota de suicídio que slogan para uma empresa.
O portfólio tem que ser revisitado constantemente, uma vez que as ofertas podem não ser mais exatamente o que os clientes buscam. Nessa mesma linha, até a identidade estratégica da empresa deve ser revista de tempos em tempos, uma vez que o zeitgeist do mercado (o “espírito” que rege as mudanças do mercado ao longo do tempo, para quem não é muito chegado em filosofia alemã) não fica parado e a visão de ontem pode não fazer sentido hoje (e menos ainda, amanhã). A empresa que cuja missão era fazer carroças na virada do século XIX para o século XX, ou viu seu faturamento cair vertiginosamente com a chegada do automóvel — e, quiçá ir à falência —, ou mudou sua missão. A empresa que quer ser longeva não pode se dar ao luxo de virar um exemplo desses daqui um século.
Inteligência competitiva constante
Lembra daquela máxima “um olho no gato e outro no peixe”? Pois é: o olho voltado para o gato não pode piscar se você quer que sua empresa seja longeva.
O gato, nesse caso, são seus competidores e como o mercado reage a eles. A empresa longeva não deve viver em função do que fazem ou deixam de fazer seus competidores, mas nem por isso pode deixar de prestar atenção neles. Se o objetivo de sua empresa é transformar o mercado de forma que vocês estejam sempre à frente, navegando o tão sonhado “mar azul”, o objetivo de seus concorrentes também é. Em alguns casos você vai dar os passos necessários para estar na frente e vai ganhar vantagem competitiva por conta disso. Mas em outros casos, são seus concorrentes que vão conseguir se aproximar de (ou mesmo obter) alguma vantagem. Monitorar as movimentações dos concorrentes e, principalmente, a reação do mercado a essas movimentações é fundamental. Na década de 70 a Apple lançou o que pode ser considerado o primeiro computador pessoal vendido em massa, o Apple II, e na década de 80, a empresa lançou o Macintosh, um computador revolucionário, ousado e avançado para sua época (e isso se refletia no preço). Só que a Apple — que considerava o IBM-PC uma máquina sem sofisticação, mal-acabada, com uma interface primitiva — não se preocupou com a estratégia de Bill Gates, de colocar seu sistema operacional em todos os PCs, com um plano de negócios agressivo, que levou a uma queda de preços generalizada no setor e atraiu milhões de desenvolvedores para a plataforma. O resultado todo mundo conhece: o PC e o Windows ganharam o mundo, e a Apple por pouco que não vai à falência, demandando um esforço monumental de recuperação, que durou anos até que a empresa retomasse seu caminho de crescimento.
Conclusão: empresa longeva sabe que inteligência competitiva é um investimento perene.
Qualidade na entrega da proposta de valor
A empresa longeva se esmera em entregar a melhor qualidade possível dentro da proposta de valor acordada com o cliente, o que inclui desde a pré-venda, passando pelo planejamento, implementação e chegando ao suporte.
Sua empresa é perseverante, tem um portfólio coeso e atrativo, atrai e mantém talentos, é flexível e sabe se reinventar, tem um bom e efetivo processo de inteligência competitiva e tudo mais. Agora é a hora de entregar com qualidade a proposta de valor que você prometeu ao cliente. Encantar sempre é o slogan da vez.
Veja, não estamos aqui falando de se preocupar com a cereja do bolo e deixar que o bolo inteiro fique sem graça. É entregar a melhor solução e depois ir além. É fazer o que tem que ser feito e depois fazer mais um pouquinho. Cliente encantado é cliente satisfeito. E cliente satisfeito trabalha por você: ele repete a compra, pois sabe que a qualidade vai valer o custo; ele indica você para empresas parceiras, ele “te leva junto” quando vai para outra empresa, e por aí vai. Longevidade empresarial e qualidade de entrega são variáveis diretamente proporcionais.
Mais liderança e menos chefia
Uma empresa longeva precisa de bons líderes, que entendem que “liderar” e “mandar” não são sinônimos.
Líderes têm visão de futuro. Líderes inspiram. Líderes motivam. Líderes dão exemplo. Líderes põem a mão na massa. Líderes são comprometidos com o crescimento de todos os liderados. Líderes entendem que o sucesso é resultado da ação de todos e realiza o reconhecimento necessário.
E os chefes? Esses, em que pese serem necessários em muitos casos, jamais substituem os líderes. A contribuição dos chefes para o bom funcionamento operacional da empresa é bem menor que a contribuição inestimável dos bons líderes no quesito longevidade da empresa.
Nesses 18 anos da 3GEN, esses são alguns dos principais pontos que “destilamos”, e que certamente ajudaram e ajudam (e muito) em manter nossa empresa sempre saudável, crescendo, longeva. Fácil não é, obviamente, mas estamos aqui para mostrar que é possível.
Feliz Aniversário, 3GEN!
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