Sabemos como as organizações se frustram por não conseguir realizar todo o potencial prometido por suas estratégias.
Uma das causas que nos impedem de capturar todo o valor disponível em um planejamento é a incapacidade de atualizarmos nossas rotinas, de fazermos diferente, de fazermos o que nunca fizemos e de deixarmos de fazer o que não precisamos mais.
Embora a transformação organizacional envolva uma série de competências humanas,
focaremos nesse breve artigo em conceitos que certamente irão te auxiliar na jornada de transformação das rotinas para que a estratégia deixe de ser um ponto futuro e passe a estar no presente de fato.
Como alinhar nossas rotinas à nossa estratégia?
Inicialmente, temos que admitir um simples fato. Pessoas, por mais abertas que sejam, se incomodam quando pessoas estranhas à sua realidade lhes dizem o que devem ou não fazer. Pense na sua vida pessoal: o que você faria se um parente distante aparecesse e tentasse te ensinar a organizar a mobília de sua casa? Possivelmente, muitos de vocês estão pensando que esse exemplo não tem lastro na realidade organizacional, pois os estrategistas da organização não são “estranhos” em relação aos departamentos. Será?
Em geral, o envolvimento das pessoas com a formulação de uma estratégia é limitado. Isso ocorre devidos aos custos do envolvimento, ao tempo que essa prática demandaria e mesmo as dúvidas em relação ao benefício desse envolvimento. Isso por si só, já nos permite concluir que nem todos conhecem as premissas adotadas na estratégia. E mesmo que conhecessem, nem todos concordam com as premissas adotadas. Nesse sentido, tomar como premissa que os estrategistas são vistos como estranhos nas áreas seria um bom ponto de partida para desenvolver o alinhamento.
Dessa forma, precisamos, inicialmente, vencer a barreira do entendimento estratégico. Devemos gastar tempo e esforço para que as pessoas entendam as premissas, enxerguem os possíveis benefícios e participem da construção de como suas próprias rotinas devem ser transformadas para atingir o objetivo proposto. Entendemos que as pessoas são as principais especialistas em suas próprias rotinas e utilizamos ao máximo essa competência ao nosso favor.
Como dinâmica, sugerimos elaborar um “processo base zero”. Ao invés de empurrar a solução dizendo o que e como fazer, por que não tentar discutir com os executores, cliente e mesmo pessoas externas à organização quais seriam as rotinas ideais para entregar à estratégia, independentemente do que temos no momento? Certamente, vocês se surpreenderão com o resultado e o nível de engajamento que será gerado ao longo do processo.
Fator crítico 1: Aproveite a expertise dos executores
Como implantar as rotinas ideais que foram desenhadas?
Talvez nesse ponto vocês pensem: legal, temos rotinas ideais mapeadas, mas minha realidade em nada se transformou. Como faço para que o ideal se torne realidade? Muito mais do que como implantar, a pergunta mais apropriada seria em quanto tempo consigo transformar minha realidade?
Com o mapeamento da rotina ideal, já conseguimos engajar a equipe, abrir a cabeça, demonstrar novas possibilidades e fazer com que as pessoas entendam e acreditem que há uma possibilidade de futuro melhor do que o que temos no momento. Após essa etapa, devemos voltar ao mundo real e entender o que de fato temos capacidade de implantar no curto prazo.
Assim, sugerimos a realização de um segundo desenho de futuro, no qual aplicamos pequenas mudanças possíveis de serem implantadas e que visem o ideal necessário para a estratégia. Dessa forma, os desconfortos advindos da transformação organizacional se tornam mais suportáveis e a resiliência necessária para implantar aumenta, uma vez que criamos o cenário adequado para a mudança acontecer.
Fator crítico 2: construa o ambiente adequado para transformação e implante pequenas e possíveis alterações.
Conclusão: mudar é preciso para a estratégia acontecer
Mas essa mudança não é automática. Um grande equívoco dos estrategistas é pensar que se planejamos, todos irão concordar e mudar. Se planejamos, todos irão concordar e mudar instantaneamente. Se planejamos, todos irão concordar e mudar de maneira efetiva.
O trabalho de revisão das rotinas praticado pela 3GEN em seus diversos clientes pode facilitar essa transformação reduzindo as resistências organizacionais. Para saber mais, entre em contato para batermos um papo sobre o assunto.